Base233
Transmitindo direto da Estação de Trabalho Macintosh a 233 MHZ com iMac Bondinho rodando Mac OS 8.5 pronto para lançar literatura, poesia, informática, jornalismo e elucubrações pseudo-filosóficas sobre o ser e o nada.


sexta-feira, julho 25, 2003 105917137709455624"> 

O texto abaixo é da Marilene Felinto, da época em que ela escrevia para a Ravista da Folha, há muito tempo atrás. Não reflete com precisão minha visão do assunto, mas se aproxima muitíssimo dela, além de ser um texto brilhante. Parte de minha alma pode ser dissecada a partir da compreensão plena deste texto. Não que isso interesse a alguém, mas enfim, como eu disse num comentário: a posição de quem escreve nunca é confortável.

Negozinho fala meerrmo

Cavalgar, atirar uma flecha, falar a verdade. Não há imagem mais parecida com escrever do que essa frase do filósofo alemão Nietzsche. Escrever o que se quiser, do jeito que se quiser, ou melhor: do jeito que a coisa sair. Em nome de quê? Não sei. Escreve-se por respeito ao que se vai dizer, só isso. Por respeito à palavra ou a si próprio, o autor dela.

Não falo dos escritores apavorados, que têm medo de escrever, como observou a escritora Marguerite Duras. Esses são os autores de livros fabricados, como dizia ela, organizados, regulamentados, convenientes, adequados. Escritores que exercem em relação a si mesmos a função do revisor; policiais de si mesmos.

Falo de gente da linhagem dos ateus, descrentes, pessimistas – mas também dos crentes e otimistas cegos -, para quem segredo e sagrado são noções relativas. Gente sem pai nem mãe, sem amigos nem amantes, na hora do vamos ver da escrita, quando fatos e pessoas reais perdem qualquer importância que por ventura antes tivessem.

Escrever é, portanto, a liberdade máxima e a mais extremada das solidões. É tarefa para corajosos. Os covarde apenas brincam de escrever, ou são revisores, redatores, tradutores. Mas não se avexem, pois não há mérito algum na coragem de escrever. As perdas são incomparavelmente maiores que os ganhos.

Só se escreve porque não se suporta viver certas coisas da vida sem escrevê-las. Ou seja: certas coisas da vida eu não vivo direito, pois transformo-as imediatamente em escrita. Escrever não deixa de ser uma espécie de morte, portanto, ou mesmo uma meia-vida, uma semivida.

A atividade é de todo anormal: escrever é não perdoar nunca, é não se arrepender jamais. Alegram-se, pois, os normais, que não escrevem. Preferível levar a vida assim sem sobressaltos, na marteladazinha do dia-a-dia conhecido. Eu mesma adoraria não escrever, essa maldição.

Mas quando o mundo absurdo acusa um escritor do crime de escrever, reajo como o personagem de Albert Camus, no livro “O Estrangeiro”. A acusação não procede. Agarro-me ao espanto do réu injustamente acusado. Não procede. Me calo. Não me defendo, recuso-me a falar na mesma linguagem dos homens que me julgam.

Mas sabemos que não existe verdade absoluta, unilateral. Verdade é exercício individual, ainda que às vezes consiga semi-erguer a saia pudica da hipocrisia generalizada.

Não se ofendam os hipócritas: as relações humanas não se sustentam sem a dose necessária desse cuspe.
Por fim, não é de caso pensado que se escreve. É mais grave que isso: é a partir da dupla ignorância. De um lado, ignora-se o mundo ao redor, como se ele não existisse. De outro, ignora-se o que se está produzindo, a coisa que se vai dizer, até o momento em que ela estiver dita.

Entretanto, escritor não ameaça ninguém. É um morta-fome sem dinheiro, único poder que importa. Tudo o mais é estilo. E aí, dependendo, negozinho fala mesmo... Quer dizer, eu soube há pouco tempo que “negozinho”, no Rio de Janeiro, é o tratamento carinhoso equivalente ao “neguinho” baiano e paulista, para indicar alguém indefinido.

Gostei desse estilo carioca e dizer, displicentemente, como quem dá a cara à tapa. Sim, porque escritor dá a cara à tapa. Dependendo do estilo, então, não tem jeito, negozinho fala meerrmo... e não se arrepende jamais.

Marilene Felinto

posted by Rogério de Moraes :: 20:16

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quarta-feira, janeiro 15, 2003 87495021"> 

ergwergghgrhheh
posted by Rogério de Moraes :: 19:17

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d3rgergregeerg
posted by Rogério de Moraes :: 18:26

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quarta-feira, maio 01, 2002 76058595"> 

"Desvario laborioso e empobrecedor o de compor vastos livros; o de explanar em 500 páginas uma idéia cuja exposição oral cabe em poucos minutos. O melhor procedimento é simular que estes livros já existem e apresentar um resumo, um comentário."

Jorge Luis Borges
posted by Rogério de Moraes :: 22:05

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domingo, março 24, 2002 11071419"> 

“Contudo, não pretendo discutir política, sociologia, ou metafísica com você. Prefiro as pessoas aos seus princípios, e prefiro, acima de tudo no mundo, as pessoas sem princípios.”

O Retrato de Dorian Gray - Oscar Wilde

posted by Rogério de Moraes :: 17:06

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Pensei:

Os gênios não se sabem gênios.
Assim como os tolos não se sabem tolos.

Sei que não estou no meio.

Em qual ponta estarei?


posted by Rogério de Moraes :: 17:05

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Fala sério!!!

Vejam esta foto:


A luta pela terra é uma luta justa, necessária. José Arbex Jr. afirma que nenhum país desenvolvido chegou a esse estágio sem passar por uma ampla, séria e eficaz reforma agrária. Fato. A causa do MST – Movimento dos Sem-Terra - é uma causa justa e séria. Mas o MST já não é. Sua política é clara: quanto pior, melhor. Baderna a qualquer preço.

Foi-se o tempo em que as invasões do MST eram justificáveis e apropriadas como meio de chamar a atenção e levar a sociedade brasileira a discutir com seriedade e propósito o problema da terra no Brasil. Ou até melhor: foi-se o tempo em que o MST fazia invasões adequadas, em propriedades que realmente deveriam ser aproveitadas pelo movimento. Sim, utilizavam táticas de guerrilha. Sim, não eram e nunca foram, em suas lideranças, pessoas ingênuas. Sim, nunca foram “apenas” coitadinhos indefesos buscando uma utopia agrária. Sim, sempre foram, em certos aspectos, veículos de manobra política da oposição. Mas ainda podíamos, sem muito esforço, simpatizar com eles. Ainda podíamos fechar os olhos para a realidade dos interesses por trás do movimento e vermos tudo através das lentes do maniqueísmo. Era até mais confortável.

Não nos iludamos mais. Os fatos não mentem. A causa ainda é justa, necessária. Mas o movimento, há muito perdeu sua credibilidade, seu rumo certo, sua pureza de ideais. Transformou-se numa deformidade política, covardemente escondida por trás de uma bandeira, de uma causa séria. Perdeu sua identidade e a cada desatino, como o mostrado na foto, perde sua legitimidade. A que papel se presta esse movimento depois de tantas conquistas. Esse é o movimento pela reforma agrária em nosso país. E isso diz muito sobre quem somos. Nosso caráter fica cada dia mais claro na mídia. E o que vemos não me agrada em nada. Talvez porque o retrato está ficando cada dia mais nítido. Ou talvez porque a cada dia ele se torne mais distorcido.

posted by Rogério de Moraes :: 17:05

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“Escolho meus amigos por sua boa aparência, meus simples conhecidos por seu bom caráter e meus inimigos por sua boa inteligência. Um homem deve dar toda importância à escolha dos seus inimigos. Eu não tenho um só que seja idiota.”

O Retrato de Dorian Gray – Oscar Wilde

posted by Rogério de Moraes :: 17:04

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quarta-feira, março 20, 2002 10937782"> 

Filosofia de um sem-mac

Ai que saudade de meu iMac 233.

posted by Rogério de Moraes :: 16:12

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Cobranças

Eu sei, eu sei, eu sei... Sei que já foi exibida a entrevista de Ciro Gomes no Roda Viva e eu ainda nem publiquei a de Antony Garotinho. Podem me cobrar. Mas dêem-me um tempo. Como eu disse: forças terríveis, amparadas pela ignorância e desinformação, estão dificultando as coisas. Mas eu prometo. Vou publicar todas aqui. De um jeito ou de outro.

posted by Rogério de Moraes :: 16:12

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Acabei de ler O Senhor dos Anéis. O livro é bom. Só isso.
posted by Rogério de Moraes :: 16:11

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Ando meio de saco cheio. Sei lá. Vontade de mandar tudo pra casa do caralho!!!
posted by Rogério de Moraes :: 16:11

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A massa
Massa
Cal
Cimento
Areia
Vira e amassa

A massa
Massa
Calo
Suor
Dor
Vira e amassa

A massa
Massa
Cabo
Lata
D’água
Vira e amassa

A massa
Massa
Ódio
Tristeza
Fome
Vira e amassa

A massa
Massa
Me come
Me cobre
Me enterra
Vivo e amassa.

Rogério de Moraes

posted by Rogério de Moraes :: 16:11

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Filosofia de peão...

Três dias trabalhando sobre um telhado enorme e sob um sol impiedoso. Calos nas mãos, feridas nas pernas, queimaduras nas costas: ai que saudade da barriga da minha mãe.

posted by Rogério de Moraes :: 16:11

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Informe triste

Forças terríveis tentam impedir a continuidade desse blog. Não me curvarei a elas. O Base233 continua. Sem nenhuma periodicidade específica, mas continua. Aos meus fiéis leitores, peço que tenham paciência. A ignorância e a desinformação não irão vencer o esclarecimento e o conhecimento.

posted by Rogério de Moraes :: 16:10

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sábado, março 16, 2002 10803247"> 

A exemplo do que fiz em relação a entrevista do senador José Serra para o programa Roda Viva, planejava publicar aqui um artigo sobre a entrevista de Antony Garotinho no mesmo programa. Ainda não foi possível, embora o texto esteja quase pronto. Minha intenção é repassar aqui, para aqueles que não podem ou não tem paciência de assistir, os principais pontos debatidos e apresentados pelos candidatos. A entrevista de Antony Garotinho será colocada aqui, junto com as demais, mas não imediatamente, contudo, antes do pleito, evidentemente. Por fim, procurarei continuar publicando os artigos sobre a série de entrevistas que o programa da TV Cultura pretende levar ao ar. O próximo entrevistado, ao que parece, será o candidato pelo PPS, Ciro Gomes.

Informou a RogerPress

posted by Rogério de Moraes :: 18:24

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Seu beijo trouxe-me de novo
A brisa de um certo acalanto
E o gosto de um certo encanto
Que há muito me havia passado.

O gosto sutil desse pecado
Não maculou o obscuro desejo
E não pude esquecer que o sabor de seu beijo
Trouxe-me o que eu já havia esquecido

E não me cabe julgar o que foi merecido
Ou o que foi roubado
Se o castigo do que anseio não foi revelado

Quero vive-lo e senti-lo somente a seu lado
Ainda que o lacerar de todo pecado
Doe mais que o beijo que me foi negado.

Rogério de Moraes

posted by Rogério de Moraes :: 18:23

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Adrenalina

Há muito tempo atrás, nos Dias antigos, Marilene Felinto assinava uma coluna chamada Adrenalina, na então recém-nascida Revista da Folha. Registro abaixo um dos textos mais felizes de Marilene publicado nesse período. E um dos mais importantes de minha vida. Foi através dele que comecei a entender o que era aquela compulsão, que tanto me afligia e que até hoje não pára de me corroer por dentro.

negozinho fala meerrmo

Cavalgar, atirar uma flecha, falar a verdade. Não há imagem mais parecida com escrever do que essa frase do filósofo alemão Nietzsche. Escrever o que se quiser, do jeito que se quiser, ou melhor: do jeito que a coisa sair. Em nome de quê? Não sei. Escreve-se por respeito ao que se vai dizer, só isso. Por respeito à palavra ou a si próprio, o autor dela.

Não falo dos escritores apavorados, que têm medo de escrever, como observou a escritora Marguerite Duras. Esses são os autores de livros fabricados, como dizia ela, organizados, regulamentados, convenientes, adequados. Escritores que exercem em relação a si mesmos a função do revisor; policiais de si mesmos.

Falo de gente da linhagem dos ateus, descrentes, pessimistas – mas também dos crentes e otimistas cegos -, para quem segredo e sagrado são noções relativas. Gente sem pai nem mãe, sem amigos nem amantes, na hora do vamos ver da escrita, quando fatos e pessoas reais perdem qualquer importância que por ventura antes tivessem.

Escrever é, portanto, a liberdade máxima e a mais extremada das solidões. É tarefa para corajosos. Os covarde apenas brincam de escrever, ou são revisores, redatores, tradutores. Mas não se avexem, pois não há mérito algum na coragem de escrever. As perdas são incomparavelmente maiores que os ganhos.

Só se escreve porque não se suporta viver certas coisas da vida sem escrevê-las. Ou seja: certas coisas da vida eu não vivo direito, pois transformo-as imediatamente em escrita. Escrever não deixa de ser uma espécie de morte, portanto, ou mesmo uma meia-vida, uma semivida.

A atividade é de todo anormal: escrever é não perdoar nunca, é não se arrepender jamais. Alegram-se, pois, os normais, que não escrevem. Preferível levar a vida assim sem sobressaltos, na marteladazinha do dia-a-dia conhecido. Eu mesma adoraria não escrever, essa maldição.

Mas quando o mundo absurdo acusa um escritor do crime de escrever, reajo como o personagem de Albert Camus, no livro “O Estrangeiro”. A acusação não procede. Agarro-me ao espanto do réu injustamente acusado. Não procede. Me calo. Não me defendo, recuso-me a falar na mesma linguagem dos homens que me julgam.

Mas sabemos que não existe verdade absoluta, unilateral. Verdade é exercício individual, ainda que às vezes consiga semi-erguer a saia pudica da hipocrisia generalizada.

Não se ofendam os hipócritas: as relações humanas não se sustentam sem a dose necessária desse cuspe.
Por fim, não é de caso pensado que se escreve. É mais grave que isso: é a partir da dupla ignorância. De um lado, ignora-se o mundo ao redor, como se ele não existisse. De outro, ignora-se o que se está produzindo, a coisa que se vai dizer, até o momento em que ela estiver dita.

Entretanto, escritor não ameaça ninguém. É um morta-fome sem dinheiro, único poder que importa. Tudo o mais é estilo. E aí, dependendo, negozinho fala mesmo... Quer dizer, eu soube há pouco tempo que “negozinho”, no Rio de Janeiro, é o tratamento carinhoso equivalente ao “neguinho” baiano e paulista, para indicar alguém indefinido.

Gostei desse estilo carioca e dizer, displicentemente, como quem dá a cara à tapa. Sim, porque escritor dá a cara à tapa. Dependendo do estilo, então, não tem jeito, negozinho fala meerrmo... e não se arrepende jamais.

Marilene Felinto


posted by Rogério de Moraes :: 18:23

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“Nenhum Manual, sejam quais forem as suas dimensões, pode neutralizar por si só, e simultaneamente, a erosão ocorrida no ensino básico, a decadência dos cursos secundários e a deterioração da Universidade. Da mesma forma, só escreve com competência quem lê regularmente.”

Augusto Nunes, na apresentação do Manual de Redação e Estilo do Estado de São Paulo, em sua primeira edição de 1990.

posted by Rogério de Moraes :: 18:22

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terça-feira, março 05, 2002 10418010"> 

Curiosidades de Ontem à Noite:

- Nem Paulo Markun, nem Heródoto Barbeiro, nem Matinas Suzuki. Quem mediou o programa de ontem foi Carlos Alberto Sardenberg, jornalista econômico. Consigo, Sardenberg trouxe alguns tiques do rádio como ao se referir aos telespectadores como ouvintes e ao repetir duas vezes os números de telefones para participação no programa, que estavam no vídeo.

- O título do programa de governo de Serra é: Plano de Metas, numa referência direta a JK, embora diferenciada por Serra ao explicar a referência. Será que viveremos um dia a “era JS”?


- A colunista do Jornal do Brasil e do Estado de São Paulo, Dora Kramer é uma ótima colunista e jornalista, mas tenho de dizer: eita mulherzinha chata. Suas perguntas são sempre pertinentes, mas precisa ser tão provocativa e, às vezes, grossa?



posted by Rogério de Moraes :: 17:52

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Serra no Roda Viva

O programa Roda Viva, que vai ao ar toda segunda-feira pela TV Cultura, começou a exibir na noite de ontem, uma série de entrevistas com os candidatos à presidência da república. Embora não de forma seqüencial, até as eleições todos os candidatos deverão passar pelo crivo da banca entrevistadora do programa, que como primeiro entrevistado teve em seu centro o senador José Serra, pré-candidato pelo PSDB.

O Roda Viva é um dos programas de entrevistas mais conceituados da TV brasileira e sempre reúne em sua banca entrevistadora profissionais de gabarito, competência e incisivo questionamento. Por isso goza de uma ampla credibilidade e causa um certo temor em algumas personalidades que se esquivam dos convites para participarem do programa. É por esse motivo que a série de programas que pretende levar todos os presidenciáveis ao centro do Roda Viva, pode ser a melhor maneira de avaliar os candidatos. Fora dos bem-ensaiados programas de propaganda eleitoral e longe dos debates “acusacionaistas”, que pouca informação acrescentam ao eleitorado, no centro do Roda Viva os candidatos não terão como fugir aos questionamentos relevantes para a escolha de um bom presidente.

O Primeiro sabatinado – Quando o assunto é política (ou polêmica, já que essas duas palavras são, em nosso país, quase que denotativas) os entrevistados do Roda Viva sentem-se, muitas vezes, sabatinados. Ontem foi a vez de José Serra, senador e pré-candidato pelo PSDB. Mas, aparentemente, a entrevista da noite de ontem não foi das mais difíceis para José Serra. Talvez, devido ao seu bom preparo político que, somado com a distância do pleito eleitoral, reduz significativamente o número de polêmicas, trocas de acusações e saias-justas a que um candidato do vulto de Serra estaria sujeito. Mas não foi uma noite de todo amena. Serra esquivou-se de algumas questões, mas foi convincente em outras.

O ex-Ministro da Saúde começou respondendo a questões sobre a crise na base governista, que se iniciou depois da expedição, de um mandado de busca ao escritório do marido e sócio da pré-candidata do PFL à presidência, Roseana Sarney. O fato criou um mal-estar entre PSDB e PFL, que é o principal partido a base governista. José Serra minimizou a crise e eximiu o partido de qualquer manobra para barrar a ascensão de Roseana nas pesquisas. E deixou entender que preferia ter o PFL como aliado político, do que como adversário na corrida presidencial. Sobre a questão da decisão do TSE (Tribunal Superior eleitoral), que obriga os partidos a repetirem no âmbito estadual as alianças partidárias feitas no plano nacional e que também vem sendo vista como uma decisão que favorece a candidatura de Serra, o senador disse concordar com a decisão do tribunal, mas a considera imprópria para o momento, devido à proximidade das eleições. Disse também que nesses dois casos, a imprensa vinha fazendo uma inversão de raciocínio ao atribuir o sentido de causa ao efeito e o de efeito à causa.

Quando o assunto foi saúde, Serra sentiu-se mais à vontade. Depois de quase 4 anos a frente da pasta da saúde e tendo sido avaliado muito positivamente como ministro, Serra discorreu sobre o problema da Dengue. Ilustrou a complexidade do problema revelando e comparando certos aspectos da atual epidemia em relação a outros tipos de epidemias. Explicou a imprevisibilidade de um surto da doença, demonstrando a falta de padrão para suas recorrências e a ausência de uma relação clara de causa e efeito entre o histórico da doença no país e em seus vizinhos. Ressaltou a falta de um tratamento específico, como um outro agravante para a composição da complexa equação que é a questão da Dengue atualmente.

Voltando-se para a economia, o pré-candidato do PSDB mostrou estar alinhado com a política econômica atual. Reafirmou sua formação como economista (ao contrário do que muitos pensam, já que muita gente acha que José Serra é médico) e não apresentou grandes propostas de mudanças. Diplomático, afirmou que pretende dar andamento a questões que não puderam ser bem resolvidas no governo FHC. Disse ser um grande defensor da austeridade fiscal e esquivou-se do assunto previdência e contribuição do funcionalismo público aposentado. Disse planejar uma política econômica que diminua nossa dependência do capital estrangeiro, principalmente através do incentivo à exportação. Explicou que a atual questão da má distribuição de renda do país, entre outros fatores, pode ser atribuída a um crescimento econômico sem política social adequada, somado ainda a um custo social elevado para a estabilização econômica e superação das diversas crises mundiais. Afirmou, categoricamente, que os Estados Unidos são um país protecionista e sobre a ALCA (Área de Livre Comércio das Américas), afirmou o óbvio, que nesse caso é um pouco simplista demais para a questão. Disse, por fim, ser a favor de um Banco Central independente, embora com ressalvas, o que nos leva a um BC autônomo, o que fica na mesma.

Em resumo, Serra saiu-se bem em quase todas as questões, embora não tenha apresentado nada de muito novo e nem tenha se aprofundado muito em nenhuma questão. Não flerta muito com a política liberal, tampouco se afasta dela. “Sou a favor de um Estado regulador e não interventor”, afirma ele. Quando à vontade, mostra-se muito mais simpático do que normalmente parece e dá até dica para a Seleção Brasileira, ao afirmar que Romário poderia ir à Copa e entrar no 2º tempo das partidas, quando necessário. Mostra-se, como já se sabe, bem preparado para o cargo a que concorre, mas falta-lhe o essencial nesses casos: empatia com o eleitorado.


posted by Rogério de Moraes :: 17:49

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sábado, março 02, 2002 10307711"> 

Cometi todos os erros
E não me entreguei à razão
Supuseram-me correto
E descobriram-me nefasto
Dissecaram-me o coração
E havia sangue, músculo e artérias
Nenhum átrio levava ao amor
Nenhuma batida foi espontânea.

Rogério de Moraes
28/02/2002

posted by Rogério de Moraes :: 18:39

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Vanlla Sky

Ainda que tardiamente, fui assistir ao filme Vanilla Sky, com Tom Crise, nessa semana. E o que vi foi uma das mais bem elaboradas e surrealistas histórias do cinema. Surpreendente, contundente, perturbador, intrigante e fantástico. Um tipo de Jorge Luis Borges cinematográfico. Uma linha narrativa perturbadora, uma trilha envolvente e um final fantástico. O tipo de filme que fica na cabeça por dias, que nos obriga a rever e relembrar todas as partes da obra, que vai fundo no “psicologismo” de nossos medos, a perfeita construção do onírico sentido de realidade. O caminhar exitante sobre a tênue linha que separa a loucura da sanidade, o real do obscuro, a vigília do pesadelo.

posted by Rogério de Moraes :: 18:38

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The Ring Most be Destroyed

Estou lendo “O Senhor dos Anéis – A Sociedade do Anel”. Literariamente é convencional, bom apenas. Mas imaginativamente é surpreendente e inigualável.

posted by Rogério de Moraes :: 18:38

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Uma filosofia de que gosto

“ – A mim parece – disse Sancho – que os cavaleiros que fizeram todas essas coisas foram enfeitiçados [...] mas [...] porque Vossa Mercê haveria de enlouquecer? Que dama vos rejeitou?
- É isso, exatamente – replicou Dom Quixote -, planejei tudo nos mínimos detalhes, pois de que vale a um cavaleiro-errante enlouquecer por um bom motivo? A minha intenção é me tornar lunático sem o menor motivo.”

Dom Quixote – Miguel de Cervantes

posted by Rogério de Moraes :: 18:37

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quarta-feira, fevereiro 13, 2002 9681683"> 

Estado e Capitalismo

Em uma crônica exibida no Jornal da Globo da semana passada, Arnaldo Jabor afirmou que a globalização, em determinados aspectos, queria pôr o mercado como regulador das relações sociais, ficando este acima do Estado. Jabor – figura que sempre desperta sentimentos de amor e ódio naqueles que ainda lhe dão ouvidos – fez tal afirmação ao comentar o caso da Enron.

Mais uma vez apregoa-se contra a globalização, aumentando ainda mais a incompreensão deste fenômeno contemporâneo. Não caberá a mim explicar o que é e o que será no futuro isso que se convencionou chamar de globalização. Isso é tarefa para o tempo, que está acima e além de nossa míope “visão globalizada”. Mas não resisto a pegar o gancho de Jabor e tecer alguns comentários.

“Capitalismo não é regime político, é meio de produção”, afirmou Jabor. Corretíssimo. E espero que ninguém pense que seja diferente, pois não é. Contudo, infelismente, talvez haja algumas pessoas de importância política global que talvez não tenha enxergado isto ainda. Isso é um problema. Assim como há pessoas que repudiam o capitalismo por sua miopia ou pela distorção que a miopia que outros causam.

A verdade é que não se trata de o capitalismo assumir as funções do Estado como regulador de certas relações. Da mesma forma não cabe ao Estado interferir em certas relações do capitalismo com o mercado. A medida é o segredo de todas as formas. É neste ponto que reside o grande problema. Aliás, isso é fundamento econômico. E é a partir do isolamento do problema que se começa a busca pela solução. Simples demais? Bem, o que se pode esperar de um sub-intelectual, desempregado e sem formação superior? Mesmo assim, insisto.

Não se trata de inverter ou subverter os papéis e as funções do Estado e do Mercado, mas o ponto está em aproveitar o que cada um tem de melhor a oferecer. Não cabe aqui, na discussão desse tema, puritanismos e idealismos utópicos do século passado. É preciso ser prático. E ser prático consiste em tomar consciência da realidade que nos rodeia, de nossas limitações em mudar esta realidade e em nossa capacidade de interagir com a mesma. Somente a interação com algo além de nossa compreensão e controle, pode nos posicionar de forma algo confortável e nos permitir alguma previsibilidade dos acontecimentos. O isolamento só nos torna mais marionetes do acaso e das “forças predominantes”. E é a interação inteligente entre as principais forças que congregam uma nação – Estado, Sociedade e Capital – é que pode nos trazer frutos proveitosos para o bem-estar de todos. Nadar contra a maré apenas cansa mais e não leva a lugar nenhum. Assim como deixar o barco correr só leva ao abismo. É preciso fluir com a corrente e remar coordenadamente, para não deixar o barco virar.

posted by Rogério de Moraes :: 12:56

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A Um Passo do Prolixo.

A quase medida é o que marca a fantástica literatura de Saramago. Não que exista alguma medida, pois não se pode mensurar estilos e, principalmente, talentos como o de José Saramago. Confesso-me um admirador inveterado e apaixonado da concisão. Só não chego ao disparate de afirmar que não há salvação fora da concisão, em respeito à obras como “Verdade Tropical” de Caetano Veloso que é, na minha humilde – e também imodesta – opinião, um verdadeiro tributo à prolixidade literária. Mas não à prolixidade em seu sentido literário, como algo enfadonho, mas num sentido muito particular, que é de algo extenso, mas não necessariamente monótono.

E o que mais me surpreende e encanta em Saramago é exatamente esta medida que está sempre a um passo da prolixidade exaustiva. Sua pena tem sempre a medidada exata. Ela corre fluentemente, despreocupadamente, narrando-nos os fatos e segue insolente e distraída, até aquele ponto em que achamos que se tornará enfadonha e repetitiva. E de súbito pára, estanca, mostrando estar plenamente consciente do que faz, do que diz e de até onde pode ir. E surpreende-nos pela precisão, pelo timing, pela quase-prolixidade.

E é isto que me fascina em Saramago. Sua imensa capacidade de parecer que está a se perder em devaneios e rapidamente retornar ao cerne do momento e retomar o que realmente importa. Tudo isso sem nunca transpor a linha tênue, abstrata até, que separa o discurso centrado do discurso vago, evasivo e à deriva. Em sua literatura, Saramago sempre chega à beira do abismo enfadonho, mas nunca cai, muda de rumo e nos surpreende, sem nunca perder a orientação e sem nos deixar nunca perder o sentido.

posted by Rogério de Moraes :: 12:55

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9681639"> 

Um pouco de Saramago

“Refiro-me a Veneza, a perder-se Veneza, De perder-se Veneza será geral a culpa, e antiga, por desleixo e ganância já se perdia, Não falo dessas causas, por elas se perde o mundo todo, falo sim do que eu fiz, atirei uma pedra ao mar e há quem acredite que foi razão de arrancar-se a península à Europa, Se um dia tiveres um filho, ele morrerá porque tu naceste, desse crime ninguém te absolverá, as mãos que fazem e tecem são as mesmas que desfazem e destecem, o certo gera o errado, o errado produz o certo, Fraca consolação para um aflito, Não há consolação, amigo triste, o homem é um animal inconsolável.”
posted by Rogério de Moraes :: 12:54

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sábado, fevereiro 02, 2002 9308456"> 

Big Brother

Vão colocar um cachorro na casa do Big Brother para fazer companhia aos participantes. Isso é uma sacanagem, pois agora todos os participantes estão em desvantagem, pois os cachorros são muito mais simpáticos e inteligentes que eles.

Bloguei!!!
posted by Rogério de Moraes :: 18:04

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9308265"> 

É um tédio absurdo e absoluto
A fustigar-me a alma.
Da luz fria da luminária
E do calor opressor da casa fechada
Brotam-me idéias de desespero e fatalidade.
Nada salva-me do ocaso que a tarde vem
Nem entrega-me por completo a noite
Que pouco alívio trás.

Oprime-me o compasso insistente
Dos ponteiros do relógio
Que soam-me na carne, cortando o tempo
Que o próprio tempo já se esqueceu de contar

E arde-me um lugar às costas
E pesa-me uma parte do corpo
E cansa-me uns olhos tristes
E molha-me a face oleosa
Já desprendida de toda sorte

E fazem-me companhia os sons
Sons do silêncio da casa vazia...
A luminária a vibrar
O relógio com seu incansável mover de nervos
O motor da geladeira velha
E a pena a ranger no papel.

Rogério de Moraes

02/02/2002

posted by Rogério de Moraes :: 17:55

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Minha literatura é um limbo, um vago sem forma entre a concisão de Rubem Fonseca e a quase-prolixidade de José Saramago. Mas sem o talento de nenhum dos dois.
posted by Rogério de Moraes :: 17:52

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domingo, janeiro 27, 2002 9093436"> 

Quando recolho-me a mim mesmo
Não compreendo o que me faz humano.
Se é uma falta de me querer
Ou uma falta de quem me quer.

Não me aflige a solidão do espaço
Se por vezes é tudo que desejo
Mas assombra-me a solidão da alma
Mesmo diante de tudo que vejo.

Rogério de Moraes
27/01/2002

posted by Rogério de Moraes :: 15:16

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Sinto uma grande saudade de mim mesmo.
Não saudade do que outrora fui,
Mas do que outrora supus que seria.
E do que nesta hora não sei mais quem sou
É porque a esta hora, já não sou mais ninguém

Rogério de Moraes
27/01/2002

posted by Rogério de Moraes :: 15:15

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Ouvindo música clássica
Sinto em minha vida
Uma dramaticidade incomum.
Como se o mais ínfimo dos problemas
Se tornasse o mais profundo pesadelo
Mas sei que da realidade que me aflige
Nada escapa ou exclui-me de um ser comum
E toda dor, por mais lacerante que seja
É ínfima, diante de um céu azul.

Rogério de Moraes
27/01/2002

posted by Rogério de Moraes :: 15:14

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Estou ouvindo música clássica. É engraçado como os pequenos dramas da vida podem se tornar grandes tragédias com a trilha sonora certa
posted by Rogério de Moraes :: 15:14

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Não me tomes por culpado
De um absurdo desejo,
Que não te quero além da carne
Nem para fora de meu leito.

É constante e clara
A imensidão de meu peito
Que não tolera, mas cala
Não por amor, nem por respeito.

Se me tomas por culpado
Do que nunca foi errado;
Não te entregues ao descaso
Que conheço em detalhes
Tua fraqueza e teu medo.

Rogério de Moraes
27/01/2002

posted by Rogério de Moraes :: 15:13

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Conter minha alma
Em tão pouco absurdo
É o que me mantém insano
Ainda que calado, ainda que mudo.

E nem minha libertação
Desta realidade impura
Pode me trazer a assência
De minha salvação ou de minha cura.

Rogério de Moraes
27/01/2002

posted by Rogério de Moraes :: 15:11

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Aqui vão alguns poemas:

Atulhei de inúteis rabiscos tantas páginas
E não me fiz mais claro ou mais completo,
Nem salvei minha eterna alma
Do obscuro inevitável e incerto
Esquecimento por destinado,
De um vazio pleno e repleto.

E me valeram poucas palavras
Das que escrevi num mar de papel,
Pois meus olhos continuam fixos e perdidos
Neste firmamento de branco-céu

Rogério de Moraes
27/01/2002

posted by Rogério de Moraes :: 15:10

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Sinto muito

É com imenso pesar que anuncio que meu iMac 233 pifou! Ou seja, só Deus sabe quando poderei atualizar este blog. Mas não vou abandona-lo. Sempre que possível estarei postando alguma coisa aqui. Mas não será muito frequente, pois terei de faze-lo na casa de amigos ou cyber-cafés. Espero que continuem me visitando, pois farei o possível para manter-me online. Até!!!
posted by Rogério de Moraes :: 15:07

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sábado, janeiro 12, 2002 8639266"> 

Base 233...

... o blog mais mutante da TV brasileira.
posted by Rogério de Moraes :: 23:58

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Os limites do meu mundo, são os limites de minha liguagem

Não lembro de quem é a frase, mas cai como uma luva para esse artigo do Observatório da Imprensa.

Aguardo discordâncias

The Ring most be destroyed
posted by Rogério de Moraes :: 23:57

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1 Semana...

Putz... uma semana sem blogar... Será que alguém notou?

The Ring most be destroyed
posted by Rogério de Moraes :: 23:51

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O Senhor do Anés

Já vi 2 vezes. Só faltam 98...

The Ring most be destroyed
posted by Rogério de Moraes :: 23:50

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domingo, janeiro 06, 2002 8456526"> 

Mais blogs

Sidra Cereser: R$ 2,50
Frango assado: R$ 4,00
Bandana amarrada na cabeça: R$ 1,50
Passar o reveillon em Mogi das Cruzes ouvindo Falamansa: não tem preço.

Tem coisas que o dinheiro não compra. Para todas as outras existe o cheque pré-datado e o nome no Serasa.

Tem mais de onde veio essa. Conheçam o ótimo e divertido Morfina. Eu gostei muito.

Aguardo discordâncias

The Ring most be Destroyed
posted by Rogério de Moraes :: 13:56

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Mais Descrente. ainda

"Bem, escrever um post como este, me fazendo de ente esclarecido e privilegiado, que percebe e delata a pretensão alheia, já me enquadra na categoria. Sim: sou mais um dos que tenta, a cada vírgula, ser inteligente, moderno, crítico, iconoclasta e sarcástico.
:: Luis Almeida"


Confesso total identificação.

Aguardo discordâncias

The Ring most be destroyed

posted by Rogério de Moraes :: 13:56

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É preciso falar

Acabo de conhecer o blog Descrente. Gostei muito, muito mesmo. No post que fala sobre a arte dos barmans eu juraria estar lendo um texto do Luis Fernando Veríssimo. O que para mim é motivo de admiração e inverja. Confiram.

Aguardo discordâncias

The Ring most be destroyed
posted by Rogério de Moraes :: 13:55

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Em tempo (embora plagiado)

A soma do QI dos participantas da "Casa dos Artistas" não chega ao de uma ostra burra.

Falei.

Aguardo discordâncias

The Ring most be destroyed


posted by Rogério de Moraes :: 13:55

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Eu já sabia...!!

"Com o advento dessa nova versão, os usuários de PC não terão mais problemas em trocar de plataforma. Com ele, não só se percebe que Macs são melhores do que PCs, mas pode-se ver que um PC funciona melhor quando roda dentro de um Mac." Leia o artigo inteiro.
posted by Rogério de Moraes :: 13:09

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sábado, janeiro 05, 2002 8423090"> 

No último domingo, 30 de dezembro de 2001, no caderno Telejornal do Estado de São Paulo, saiu uma breve matéria explicando quem apresentará e como será o programa Piores Clipes da MTV, depois da saída do patético e sem-graça Marcos Mion (três linhas na mesma frase, podem chamar isso de prolixidade ou incompetência construtiva). Ao que interesa: a matéria termina exatamente assim: "Além de João Gordo, o Piores contará com participantes fixos, como o ex-apresentador e ex-ator Ferrugem. O sumido palhaço Bozo também foi cotado para a vaga, assim como outras pessoas estranhas do mundo pop. Coisas de MTV. Coisas do Piores Clipes."

E eu pergunto: Como assim, pessoas estranhas do mundo pop? Quem esse jornaleco pensa que é para classificar de estranho o palhaço Bozo? Parece que não teve infância, pô! Crianças (ou melhor, ex-crianças) que deram uma bitoca no nariz do Bozo, uni-vos contra essa infâmia e desrespeito.

E tenho dito!

Aguado discordâncias.

The Ring most be drestroyed
posted by Rogério de Moraes :: 02:18

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Ainda sobre cinema

Ontem consegui, finalmente, assistir ao filme “O Senhor dos Anéis – A Sociedade do Anel”. Depois de frustradas tentativas de conseguir ingressos para uma sessão, enfim pude contemplar nas telas a magnífica obra de J. R. R. Tolkien. Ou pelo menos a primeira parte dela. E em magnitude o filme não deixou nada a desejar. Tecer elogios aqui, seria redundante demias. Deixo a seda a ser rasgada para os críticos de cinema que, inacreditavelmente - embora justificadamente -, em uníssono, curvam-se ao que pode ser verdadeiramente chamado de o maior espetáculo da Terra. Ou da Terra-Média.

“Infelizmente, Neo, ninguém pode dizer o que é a Matrix. Você tem de ver com seus próprios olhos”, foi o que Morpheus disse a Neo em Matrix. O mesmo pode ser dito de “O Senhor dos Anéis”. Acho que isso diz tudo.

Mas não é disso que quero falar. Quero falar de esgotamento. E Hollywood está esgotada. Pelo menos em efeitos especiais. Há uma canção dos Engenheiros do Hawaii que diz em determinado momento: “Tudo já foi visto”. Talvez eu esteja exagerando um pouco, talvez não. Mas em matéria de efeitos especiais não creio que muita coisa possa surpreender ou estupefactar (se é que este verbo existe em nossa língua) as platéias do mundo. Simplesmente pelo fato de que parece que se atingiu a perfeitção. Assitam ao “Senhor do Anéis” e entederão do que falo. Os efeitos são explendorosos, de cair o queixo, mas não justificam o filme. Explico.

Com tamanha tecnolgia e com tanto efeito especial que já foi visto nas telas, nada mais pode realmente surpreender o expectador. Como já disse: tudo já foi visto. Foi-se o tempo em que efeitos especiais bastavam para dar bilheteria. Muito se produziu de filmes cuja única coisa que importava eram os efeitos. Atores e roteiro eram meros coadjovantes. Isso quando havia atores, como foi o caso de “Final Fantasy”, “Toy History” e “Monsters Inc.”. Ou seja, não basta só efeito. Não mais. É preciso ter história. E o mesmo pade ser dito para cenas de ação, em menor proporção, é verdade. É claro que os efeitos de “O Senhor do Anéis” impressionam, assim como as cenas de ação, mas eles são acessórios da história a ser contada e é a história que sustenta o filme, não os efeitos ou somente a ação. Uma coisa justifica a outra. E assim deverá ser no futuro.
Cada vez mais Hollywood terá de se reinventar e talvez “O Senhor dos Anéis” seja a primeira obra de uma nova era. Roteiro, interpretação, direção e produção, terão cada vez mais peso e importância no sucesso de um filme. As pessoas estão se cansando de ação gratuita ou efeitos sem sentido. Elas querem que lhes contem uma história. E que seja uma boa história. E que seja bem contada. Todo o resto é acessório.

Aguardo discordâncias

The Ring most be destroyed

posted by Rogério de Moraes :: 02:02

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Cinema Nacional

Sempre sonhei em ver o nosso cinema tendo a mesma expressão de Hollywood, mesmo que fosse só internamente. Mas isso sempre me pareceu um sonho distante. Bem, o tempo passou e o cinema nacional cresceu, superou suas crises e traumas e passou a produzir com mais qualidade e em maior volume. Ainda não é indústria, nem precisa ser. Mas já podemos nos orgulhar pela conquista de prêmios importantes no exterior e de uma considerável representatividade nas salas de cinema do país.

Mas tudo tem um preço. Não é novidade para ninguém que Hollywood produz anualmente uma quantidade de lixo cinematográfico incrível. Consequência natural (ma non troppo) de uma indústria de produções. Mas ainda acredito que a parte boa de sua produção compensa, quase que equanimimente, a má produção. Sejamos realistas e, parafraseando Caetano, admitamos que Hollywood representa grande parte da alegria existente neste mundo. Ou seja: tudo bem, a gente aguenta o lixo em consideração às boas produções. Afinal, isso é problema deles.
Mas quando a coisa é com a gente, fica difícil de engolir e aceitar.

“Como Ser Solteiro” (ou algo parecido), é um belo exemplo disso. Eu confesso que não sabia que já se podia produzir e exibir um filme sem roteiro. Pois foi o que eu vi. Uma sequência interminável de imagens do Rio de Janeiro, com uma trilha sonora pobre, medíocre mesmo, e um roteiro que beira o ridículo. Simplesmente o filme não tinha história. Tinha, sim, um punhado de atores, interpretando mal e porcamente personagens esteriotipados, tão esteriotipados que soaram completamente inverossímeis. Mas história, roteiro mesmo que é bom, nada. Toda a produção não passou de uma desculpa esfarrapada para vender imagens do Rio de Janeiro. E nem isso conseguiu fazer direito. Sem graça, sem história, sem sentido, fraco, inverossímel, absurdo e babaca. São essas as melhores qualidades que consegui ver nesse filme.

E o que esse tipo de obra nos diz? Que estamos com os cacoetes de Hollywood. Está ficando tão fácil (vejam que o verbo ficar está no gerúndio, heim!) fazer filmes no Brasil, que começam a surgir obras inteiramente dispensáveis, pois já não se tem tanta preocupação com a qualidade. Claro que não estou generalizando, em termos de conteúdo, arte e roteiro, nossos filmes ainda desbancam calmamente a grande maioria das produções hollywoodianas. Mas creio que o processo de surgimento de obras dispensáveis no cinema nacional seja irreversível. Mas é um mal necessário.

Só para encerrar (e ilustrar), está em fase de filmagem um filme sobre o maníaco do parque. É verdade, não estou brincando. Se as coisas continuarem assim, em breve teremos nosso próprio Jason.

Aguardo discordâncias.

The Ring most be destroyed

posted by Rogério de Moraes :: 02:00

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Para bom entendedor, apenas o gráfico basta.


posted by Rogério de Moraes :: 01:57

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quinta-feira, dezembro 27, 2001 8200768"> 

Deixe que digam…

Podem dizer o que quiserem, mas os números mostram que nossa economia vai bem, dentro das possibilidades, é verdade. Não quero entrar nos méritos borocráticos e técnicos dessa afirmação, até porque não sou economista, nem sou nada. Mas não dá para deixar de ver o resultado possitivo que se vem obtendo de forma subentendida no desenvolvimento de nossa economia, especialmente sob um determinado aspecto.

Tudo pode ser discutível: nossa taxa de inflação, nosso superávit de mais de 1,7 bilhão de dólares na baçança comercial, nossa taxa de desemprego, nossos índices nas bolsas de valores e mais uma dezena de indicadores econômicos. Mas uma coisa é inegável: conseguimos nos diferenciar.

Para quem conhece marketing, e especialmente gerenciamento de marcas, sabe da importância da diferenciação no posicionamento de um produto ou marca. Assim como sabe que o posicionameto é indispensável para o alcance dos respectivos objetivos, sejam de participação, sejam de percepção, sejam quais forem. E o bom posicionamento da marca Brasil no mercado externo sempre foi propagado como um dos principais objetivos a serem alcançados. Isso sempre se deveu ao fato de que os principais investidores estrangeiros consideravam todos os ditos países em desenvolvimento iguais uns aos outros. Sudeste asiático, Argentina, Russia, México e todos os demais eram tidos como iguais e uma crise em qualquer um desses representava crise nos demais. Assim, se qualquer um desses passasse por algum problema econômico, o que podemso chamar de inconsciente coletido dos investidores, achava que a crise afetaria todos os demais, pois supunha-se que todos tinham a mesma estrutura econômica, os mesmos fundamentos frágeis. Assim, se o fluxo de dólares para o México diminuisse, o fluxo de dólares para o Brasil também diminuiria, pois achavam que éramos “tudo farinha do mesmo saco.” E até certa época estavam certo.

O grande mérito de nossa equipe econômica, ao longo desses anos, foi conseguir diferenciar nossa economia das demais economias ditas em desenvolvimento. Pois desde muito tempo que nossos fundamentos econômicos são mais sólidos e estão melhor fundamentados do que a média das demais economias com as quais somos comparados. Isso significa que para os principais investidores mundiais, Buenos Aires não é mais nossa capital. E isso ficou mais do que comprovado com o estouro da crise argentina, nos últimos meses. Não poderia haver melhor provação para nossa economia do que essa crise, embora, evidentemente, em nenhum especto ela seja bem-vinda. Sendo a Argentina nossa vizinha e principal parceira no comércio exterior, seria de se esperar que os investidores nos confudisse. Mas ao contrário disso, nosssa economia foi minimamente afetada e em nenhum especto sofremos da discriminação por associação errada. Ou seja, no comércio mundial não somos mais erradamente comparados com determinados países, embora ainda façamos parte do mesmo bloco. Contudo, conseguimos o que há alguns anos parecia impossível, conseguimos diferenciar nossa economia, faze-la se destacar entre as demais e isso nos deixa em melhor situação para suportarmos eventuais abalos sísmicos na economia mundial ou regional, como é o caso atual, diante da Argentina.

Sei que para a maioria das pessoas isso não significa muita coisa, nem tampouco muda algo em suas vidas. Sei que nem esse fato, nem fato algum justifica as principais mazelas de nosso povo. Mas aqueles que entendem um mínimo de economia e de marketing sabem a importância que tem esse fato e o quanto ele pode nos facilitar algumas coisas. Especialmente em um tempo de globalização econômica, conseguir a diferenciação que finalmente conseguimos, já é uma grande conquista. O futuro não se constrói a um só tempo; ele é construído passo-a-passo, com erros e acertos.

posted by Rogério de Moraes :: 02:38

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Usar Mac é…

Inspirado pelo ótimo trabalho de marketing sobre a Apple de meu grande amigo Hélio Sassen Paz, fiz a relação abaixo. E como diria o grande poeta João Cabral de Melo Neto: … mas isso ainda diz pouco.

Usar Mac é:

- ter espírito jovem;
- ser moderno;
- ser atual;
- ser de vanguarda;
- ser visionário;
- ser criativo;
- ser empreendedor;
- ser ousado;
- ser mais exigente;
- ser bem informado;
- ser culto;
- ser objetivo;
- ser sensível;
- ser ágil;
- ser eficiente;
- ser alegre;
- ser irreverente;
- ser bem-humorado;
- ser refinado;
- estar sempre na frente;
- ditar novos padrões;
- inovar sempre;
- ser mais bonito;
- ser mais prático;
- ser mais ergonômico;
- ser mais funcional;
- ser mais arrojado;
- ser mais talentoso;
- ser diferente da massa;
- ter performance;
- ter estilo;
- ser casual;
- ser objetivo;
- ser comunicativo;
- ser vibrante;
- ser didático;
- ser cooperativo;
- ser evangelista;
- ser teimoso;
- ter desempenho superior;
- é ter a máquina não apenas como ferramenta, mas como elemento de decoração;
- ter bom gosto;
- trabalhar se divertindo;
- se divertir trabalhando;
- ter liberdade de escolha;
- ter opinião.

Enfim, Mac é o domínio do homem sobre a máquina e não da máquina sobre o homem.
Simplificando, usar Mac é sempre pensar diferente.

posted by Rogério de Moraes :: 02:37

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